Sobre os sentimentos da família frente a um diagnóstico de câncer

30/10/2019

 

Sobre os sentimentos da família frente a um diagnóstico de câncer

Sobre os sentimentos da família frente a um diagnóstico de câncer

Sobre os sentimentos da família frente a um diagnóstico de câncer


O câncer pode ser considerado uma doença familiar, haja vista o impacto que provoca nessa esfera de convívio. Ao mesmo tempo em que o apoio da família é um dos principais recursos externos utilizados pelo paciente para o enfrentamento da doença, os familiares também sofrem ao lidar com as necessidades emocionais do integrante acometido.

A família, normalmente, passa por diversos estágios de adaptação após a revelação do diagnóstico de câncer. Os estágios do luto podem ser adaptados para o adoecimento crônico: negação e isolamento, raiva, barganha, depressão, aceitação e esperança.

Embora se sintam desamparados e se reconheçam frágeis, alguns familiares tendem a assumir e manter a postura de "fortes" para auxiliar a pessoa doente e apoiar a família como um todo. No entanto, no momento do diagnóstico de câncer, as pessoas envolvidas vivenciam sentimentos como: medo, ansiedade, angústia, frustração, desamparo e insegurança. Uma das principais dificuldades enfrentadas pelos familiares se relaciona à morte, demonstrando sentimentos relacionados às incertezas em relação ao futuro.

O sentimento de perda, relacionado com as esperanças, sonhos e perspectivas futuras, é responsável pelo sofrimento dos familiares. Provavelmente, a associação que se faz entre o
câncer e a morte desperta esses sentimentos, principalmente em relação aos planos para o futuro, os quais terão que ser desfeitos ou reformulados.

A descoberta do câncer provoca sentimentos que impõem à família a tomada de decisões em conjunto. Tanto a pessoa quanto seus familiares passam por processos de adaptação. Existem etapas que são importantes para lidar com os sentimentos vivenciados frente ao diagnostico de câncer, são elas:

- Negação:

Ocorre logo após a descoberta da doença. É usada por quase todas as pessoas, como uma defesa temporária, que pode ser logo substituída pela aceitação parcial.

Quanto à atitude da família, de esconder os sentimentos diante do familiar com câncer, podemos considerar que:

Existem situações em que parentes dizem com orgulho que sempre tentaram manter um sorriso nos lábios na frente do paciente, mas que um dia não puderam continuar mantendo as aparências.

Poucos perceberam que as verdadeiras emoções de um familiar são muito mais fáceis de aceitar do que uma máscara enganadora, através da qual o paciente enxerga de qualquer jeito e que, para ele, tem mais o sentido de falsidade do que de solidariedade numa situação triste.

- Raiva:

A família pode manifestar raiva ao pensar no por que de alguém da sua família receber o diagnóstico de câncer e, assim, desenvolver sentimentos de impotência e autopunição, fazendo com que fique deprimido e acredite que a situação tende a ficar mais difícil por estar diante de um inimigo tão forte.

Os familiares, ao perceberem o enfermo sentindo dor e deprimido, sentem-se impotentes, considerando-se como incapazes de acabar com o sofrimento do outro, gerando uma grande predisposição a doenças psicológicas como resultado dos estressores nessa relação.

- Depressão:

Ocorre quando a família não pode mais negar a doença, pois percebe que os sintomas impedem a pessoa de manter uma vida normal e ativa, como antes do diagnóstico.

- Aceitação:

É marcada pela cessação gradual da vontade de lutar, fazendo com que o familiar não mais tema ou se angustie diante do diagnóstico. Importante nesse momento é buscar informações e esclarecimentos com os profissionais da saúde, sobre o desconhecimento em relação à doença e às formas de tratamento.

- Esperança:

A esperança está canalizada pelos familiares na religiosidade. A fé ou a busca pela ajuda divina faz com que os familiares se projetem em busca de recursos na luta contra a doença. A religiosidade funciona, por vezes, como um facilitador de aceitação da doença e dos seus efeitos, assumindo grande importância no processo de enfrentamento à doença e ao tratamento. A religião é considerada como promotora de suporte emocional, instrumental e informativo. Em certos casos, após o estágio da raiva, pode ocorrer o estágio da negociação, momento em que os familiares pedem a sua divindade a cura do paciente e, em troca, realizam uma promessa como forma de gratidão.

O apoio recebido, seja de pessoas fora do círculo familiar ou dos próprios parentes, faz com que a família suporte melhor as adversidades geradas pelo câncer. Uma família que apresenta base estrutural sólida tem mais facilidade em desenvolver ações de união, carinho, cuidado e amor.

As famílias que conseguem resgatar os sentimentos positivos têm condições de reorganizar sua rotina para que o enfrentamento seja possível. Mesmo que a doença apresente situações adversas para o paciente e para a família, a força do grupo contribui para superar as dificuldades, estimulando o amor, o respeito e a gratidão entre seus membros. Nessa perspectiva, a família pode constituir-se como alicerce para o integrante doente, o qual, sem apoio, poderia ter maior dificuldade em lidar com as consequências advindas da doença e do processo terapêutico.


Psic. Carmem Rocha

CRP 07/09637

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