Semana do Empreendedorismo trouxe palestras e cases sobre o tema

25/10/2018

 

Semana do Empreendedorismo trouxe palestras e cases sobre o tema

Semana do Empreendedorismo trouxe palestras e cases sobre o tema

O empreendedor é o responsável pelo crescimento econômico e pelo desenvolvimento
social do país. E inspirado no movimento denominado “Semana Global do
Empreendedorismo”, que ocorre anualmente em mais de 160 países, a Acisfe com o
patrocínio da Prefeitura Municipal de Feliz, promoveram nos dias 15,16 e 17 de
outubro, a 2ª edição da Semana do Empreendedorismo.
 
O evento pensando em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, foi
composto por diferentes palestras e apresentação de cases, que contemplaram temas
ligados ao empreendedorismo e também desafios da temática em questão. O objetivo foi
de promover um olhar sobre a importância de empreender, assim como, esclarecer
algumas exigências que são necessárias para o bom funcionamento das empresas e
abrandar possíveis riscos.
 
O presidente da Acisfe, Édson Ramos destaca que a Semana do Empreendedorismo
superou as expectativas. “O Gustavo Bozetti foi sensacional e com um público
excelente. Já na terça-feira tivemos uma palestra mais técnica, pois é preciso entender o
porquê de todas as exigências e os trâmites necessários. E para finalizar, na quarta-feira,
foi apresentado um histórico dos últimos 21 anos do município de Feliz, mostrando a
evolução do setor”, revela. “É fundamental agradecer ao poder municipal, através do
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Claudio Vieira; à equipe da Acisfe,
patrocinadores do evento e o público que participou”, acrescenta.
 
O que importa é o RESULTADO
 
Na primeira noite palestrou Gustavo Bozetti, que é diretor da Fundação Napoleon Hill e
dos Treinamentos MasterMind para o Estado do Rio Grande do Sul. Com a temática
“O que importa é o RESULTADO, o profissional trouxe um pouco sobre a filosofia de
Napoleon Hill, um escritor estadunidense, que é considerado um dos homens mais
influentes da história dos Estados Unidos quando trata-se de desenvolvimento pessoal.
“Por 20 anos, Napoleon Hill pesquisou sobre as 6 mil pessoas mais ricas e poderosas do
mundo e descobriu que elas tinham 17 comportamentos em comum e muito bem
desenvolvidos.

Foi então que escreveu o livro “A Lei do Triunfo” e se deu conta de mais uma coisa: as pessoas liam o livro, mas tinham dificuldade de aplicar na vida
aquilo que elas viam no livro”, explica. “Então ele comprou uma fazenda no interior de
Nova York, dividiu em sub- sedes e criou uma forma onde as pessoas através de suas
experiências tivessem condições de desenvolver na sua personalidade, aqueles 17
comportamentos. E foi assim que nasceu a Fundação Napoleon Hill e o MasterMind”,
contextualiza.
 
Gustavo destaca que só no Rio Grande do Sul já foram formadas 30 mil pessoas. “Nós
entendemos que o grande segredo está em produzir resultados. Acreditamos que desde
1908, o que faz a diferença na minha e na sua vida é o quociente comportamental. A
forma como nós nos comportamos diante das situações. Não basta você conhecer
profundamente as suas emoções e na hora em que o maremoto vem, você saltar do
barco e não conseguir coordenar o navio na direção do porto”, destaca.
 
Conforme o palestrante, não basta ter conhecimento acumulado em um mundo que está
em constantes mudanças e transformações. “Desenvolvemos e crescemos ou vamos
morrendo lentamente. Precisamos sempre procurar o desenvolvimento e ele acontece
em uma velocidade cada vez maior. Quanto mais soubermos lidar com essas mudanças,
melhores nós vamos ser”, opina Gustavo. “O feito é melhor que o perfeito, pois é
gerando aprendizagem que adquirimos experiência”, conclui.
 
PPCI em debate
 
Na terça-feira, dia 16, o tema central foi segurança, mais especificamente, o Plano de
Prevenção e Proteção contra incêndios (PPCI), quando palestraram o major integrante
da comissão técnica na elaboração da Lei Kiss, Eduardo Estevam Rodrigues; o
Tenente/Comandante da CBM de Farroupilha (Batalhão responsável pelos PPCI de
Feliz e região), Elierson dos Passos e Emanuel de Almeida Pastl, que apresentou a visão
de um sobrevivente do incêndio da Kiss.
 
O primeiro a palestrar foi o major Eduardo, que falou de uma maneira didática sobre a
contextualização da Legislação de Segurança Contra Incêndio. Na ocasião, ele abordou
alguns tópicos, como, por exemplo: o que significa o licenciamento em segurança
contra incêndio; mudanças de paradigmas; trouxe o exemplo do incêndio no Edifício
Andraus – 1972 (no total houveram 16 mortes e 330 feridos); citou grandes incêndios
em POA, como, o das Loja Renner, em 1976, o do edifício Cacique, em 1996 e o
 
Mercado Público, em 2013; explanou sobre a construção da Lei Estadual nº
14.376/2013; exigências não são novidades; contexto de mudanças e razoabilidade;
contexto nacional em segurança contra incêndio; como regularizar a edificação,
desburocratização x segurança; maior responsabilidade ao proprietário; dentre outros
assuntos.
 
Na sequência, foi a vez do tenente/comandante Elierson dos Passos, que explanou sobre
o Corpo de Bombeiros de Farroupilha, responsável pelos PPCI de Feliz e região.
Atualmente, o 3ºPel/CiaEsp/5ºBBM, conta com um tenente, um 1º sargento, um 2º
sargento e 15 soldados. A corporação atende os municípios de Feliz, Nova Roma do
Sul, Alto Feliz e São Vendelino, o que totaliza 93.567 habitantes. Na cidade de Feliz,
possui um efetivo de 5 bombeiros contratados pela Prefeitura Municipal e conta com o
apoio de 30 bombeiros voluntários que se dividem numa escala de 24/72.
 
Conforme Elierson, o PPCI possui competências, atribuições e responsabilidades. “Fica
a cargo do Corpo de Bombeiros analisar, vistoriar, fiscalizar, aprovar as medidas de
segurança e expedir APPCI. Os responsáveis técnicos, por sua vez, projetam e executam
as medidas de segurança contra incêndio conforme a legislação; emitem laudos e
documentos técnicos; garantem que as instalações não ofereçam risco de incêndio e a
vida e asseguraram as condições de conservação e funcionamento das medidas de
segurança”, detalha. “Enquanto que o proprietário e responsável pelo uso da edificação
precisa manter a manutenção e o funcionamento das MSCI; utilizar a edificação para o
fim que foi declarado, renovação APPCI”, complementa.
 
Visão de um sobrevivente do incêndio da Kiss
 
E para finalizar a noite de terça-feira, Emanuel de Almeida Pastl, trouxe a sua visão
como sobrevivente da Boate Kiss. “A minha ideia não é fazer um filme de terror, nem
exigir justiça, analisar o combate a incêndio e etc. É apenas fazer uma correlação entre o
meu humilde conhecimento de prevenção de incêndio com a minha experiência do
local”, afirma.
 
Conforme o jovem, depois que ele saiu do Colégio Militar, ele foi estudar Engenharia
de Minas, na UFRGS e o seu irmão gêmeo, Guilherme, foi para Santa Maria estudar
Relações Internacionais. “Na época eu estava de férias e fui visitar ele para comemorar
 
o nosso aniversário, que era na mesma semana do dia 27 de janeiro. E fomos para a
Boate Kiss com os colegas dele. Graças a Deus deu tudo certo, nós e os colegas,
felizmente, estamos bem”, contextualiza.
 
Emanuel faz um relato da noite e das condições de segurança do prédio. “Pela minha
lembrança deveria ter em torno de 3 pessoas por m² o que dá no total de 1085 pessoas
no local. É importante notar, que a NBR 9077 exige que haja duas saídas de
emergência. No local havia duas, porém, elas estavam localizadas na mesma face da
edificação. Um grave erro”, revela. “O incêndio começou às 3h15, os bombeiros
chegaram às 3h22 e por volta das 4h eles encerraram os salvamentos”, complementa.
Segundo ele, as espumas de poliuretano expandido instaladas para isolamento do som,
são materiais de fácil combustão, pois dentre outras características, apresentam corpo
poroso permeável ao ar atmosférico, propiciando uma rápida evolução e propagação de
chamas. “A banda que estava tocando, como de costume, realizava shows pirotécnicos
em suas apresentações. Às 03h15 foi iniciado a apresentação da pirotecnia. O material
utilizado era “Chuva de Prata”, sendo que a primeira coisa que estava escrito na
embalagem era: ‘verifique antes de soltar se o local é aberto ou ao ar livre’”, conta.  “Ao
erguer a mão com a chuva de prata acessa, as faíscas atingiram a espuma de poliuretano
e iniciou-se o fogo. Então, tentou-se no primeiro momento a extinção foco inicial com
extintor. Porém sem sucesso. O extintor não funcionou em virtude de que uma semana
antes houve o aniversário de um dos funcionários da boate e um colega pegou o extintor
para tocar na aniversariante. Após isso o extintor foi recolocado no local”, detalha.

Então, em menos de 30 segundos, o fogo passou a ser incêndio, pois perdeu-se o
controle. A fumaça e a temperatura, de forma insuportável, colocaram todos em estado
de choque. “Se houvesse CMAR, talvez o incêndio não teria começado. Se tivesse
Brigada e extintores o incêndio teria sido contido. Se houvesse adequadas saídas de
emergência, com iluminação e sinalização, talvez todos pudessem ter saídos. Se
houvesse uma exaustão simples de fumaça, não haveria o rápido alastramento da
fumaça”, argumenta Emanuel.
 
Cenário Econômico Felizense
 
No último dia do evento, quem iniciou os trabalhos foi o secretário da Fazenda, Jônatas
Weber, que fez uma retrospectiva desde 1997 sobre a economia do município e também
projetou o cenário para os próximos anos. “Foram 21 anos de transformações.
 
Desindustrialização e ascensão do comércio”, afirma. Na ocasião, ele ressaltou que para
que o poder público possa dar seguimento a modernização da estrutura administrativa é
necessária uma gestão tributária racional e combater a sonegação fiscal”, complementa.
Segundo o dirigente, as perceptivas do cenário de médio e longo prazo são otimistas.
“Estamos retomando as indústrias, o crescimento do comércio e da agricultura está
instável, iremos melhorar ainda mais as arrecadações municipais, teremos um aumento
na capacidade de investimentos”, projeta Jônatas.
 
Palavras dos empresários
 
Na sequência o diretor de Produção da empresa Master Eggs, João Marcelo Isoton; o
sócio fundador da empresa Dal Moro, Pedro Dal Moro; a fundadora da empresa
Anselmi, Maria de Lourdes Anselmi e o sócio fundador da empresa Pneus Ost, André
Ost falaram sobre seus projetos no município de Feliz.
 
João Marcelo Isoton iniciou apresentando a Master Eggs. “Os primeiros passos foram
dados em 2010 quando as Granjas Stragliotto e Nienow começaram a conversar sobre a
possibilidade de construir uma indústria de ovos pasteurizados para melhor
aproveitamento dos ovos de descarte de suas granjas”, conta. “Em 2015, mais uma
granja entrou no planejamento: a Granja Avimor/Ovos Prata, de Nova Prata e em 2016
com a entrada no grupo da Granja Filippsen, nasceu a Master Eggs. No ano passado, em
2017, entram na sociedade as Granjas Cageri e Bampi, formando assim, o quadro
atual”, explica.
 
As 6 granjas do Grupo Master Eggs representam atualmente aproximadamente 50% do
ovo comercial produzido no RS e em torno de 95% do ovo de codorna produzido no
Estado. Em sua explanação, ele falou ainda sobre ovos pasteurizados e suas vantagens,
fluxograma industrial, dentre outras particularidades.
 
Da mesma forma, subiu ao palco Pedro Dalmoro, que destacou o trabalho realizado pela
Dal Moro Eletrônica, que produz ventiladores, climatizadores e exaustores, em uma
parte do prédio da antiga Reichert. “Atualmente estamos trabalhando com o mercado
externo e temos clientes de grande porte, como distribuidores. Além disso, contamos
com o ISO 9001 e produtos certificado no INMETRO”, afirma.
 
A malharia Anselmi nasceu no interior de Farroupilha, no ano de 1981, em uma
humilde casa e hoje é uma marca conceituada no mundo da moda. No ano passado, a
empresa comprou o imóvel da antiga Reichert e atualmente a indústria de confecção já
se encontra em pleno funcionamento no município.
 
Em seu discurso, Maria de Lourdes Anselmi conta como tudo começou e enriqueceu
com detalhes a sua trajetória como empreendedora, destacando, sobretudo, a força de
vontade e a contínua busca por conhecimento. “Quanto mais trabalho, mais sorte eu
tenho”, afirma com convicção.
 
E finalizando, foi a vez do empresário André Ost, que relatou sobre os projetos e
perceptivas da sua empresa, localizada no prédio que era a Cerâmica Burg, às margens
da ERS 452. “Para a OST, tão importante quanto a qualidade dos produtos e serviços
oferecidos, é a oportunidade de transformar a vida de milhares de pessoas e contribuir
ativamente para o bem estar das gerações futuras”, destaca. “Cada pneu pode ser
reformado até sete vezes. Quanto lixo deixa de ser jogado no meio ambiente através
dessa nossa atividade? ”, questionou.
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